No seu primeiro discurso depois da morte de Hassan Nasrallah, na sequência de um bombardeamento israelita perto de Beirute, Naim Kassem afirmou, numa declaração televisiva, que os combatentes do Hezbollah estão prontos para lutar e defender o Líbano, onde o grupo está sedeado, caso Israel decida lançar uma ofensiva terrestre naquele país.
"Enfrentaremos qualquer eventualidade e estamos prontos caso os israelitas decidam entrar no território. As nossas forças de resistência estão prontas para um confronto terrestre", alertou, acrescentando que a organização continuará a sua luta contra Israel "em apoio a Gaza".
Como vice-secretário-geral, Naim Kassem é agora o líder interino do Hezbollah até que o grupo eleja um substituto para Nasrallah, que era considerado o homem mais poderoso do Líbano.
Segundo Kassem, o Hezbollah escolherá um sucessor para liderar a organização política e paramilitar fundamentalista islâmica "assim que tiver oportunidade", mas não especificou nenhuma data nem para a nomeação nem para a realização do funeral do líder da poderosa formação pró-iraniana.
Nasrallah foi morto juntamente com Ali Karaké, comandante da fronteira com Israel no sul do Líbano, com o brigadeiro-general Abbas Nilforoushan, da Guarda Revolucionária iraniana e com dois outros membros do Hezbollah, disse Naim Kassem.
O agora responsável do grupo xiita libanês assegurou ainda que "Israel não foi capaz de afectar as capacidades militares" do Hezbollah, apesar do assassinato dos principais comandantes militares do grupo nos últimos meses.