Estas posições surgem depois de uma sucessão de manifestações pós-eleitorais contra o anúncio pela CNE da vitória do candidato da Frelimo, Daniel Chapo, nas eleições gerais, que levou a abrasivos episódios de violência, como dezenas de mortos e centenas de feridos, e greves.
Em comunicado, os Estados Unidos, o Reino Unido, a Noruega, a Suíça e o Canadá, vierem publicamente pedir contenção a todos os lados, Governo e oposição, especialmente ao candidato derrotado Venâncio Mondlane, grande impulsionador dos protestos. (ver links em baixo nesta página)
E o Governo moçambicano, pela voz do seu ministro da Defesa, Cristóvão Chume, veio tentar colocar água na fervura, sugerindo que de agora em diante, a postura agressiva das forças de segurança vai ser reduzida para evitar mais mortos e feridos.
"Reconhecemos que pode ter havido excessos em algumas ocorrências policiais ou das Forças de Defesa e Segurança", disse o ministro, adiantando que está a ser conduzida uma investigação para apurar o que levou a cometimento dos excessos, declarou Cristóvão Chume em conferência de imprensa, citado pelos media locais.
Entretanto, sendo apenas temporal a coincidência com a posição assumida pelo Governo, num comunicado conjunto, vários países ocidentais, incluindo os EUA, vieram deixar clara a preocupação com o cenário de violência que se vive neste país lusófono do Índico.
Nesse comunicado é pedido ao Governo moçambicano e aos lideres da oposição que enfrentem este "momento crítico" com contenção e com respeito pelo Estado de Direito e pela vida humana.
Este documento avança ainda que os signatários também estão na expectativa de ver o pronunciamento do Conselho Constitucional, onde está a ser analisado um recurso pedido pela oposição após a CNE ter divulgado os resultados largamente favoráveis à Frelimo, país que governa Moçambique desde 1975.