O médico ginecologista Denis Mukwege atendeu, com a sua equipa, mais de 30 mil vítimas de abuso sexual com ferimentos graves na República Democrática do Congo, vítimas de uma guerra civil com um registo de mais de 6 milhões de mortos e milhares de mulheres violadas. Já a activista Nadia Murad é sobrevivente da escravidão sexual imposta pelo Estado Islâmico no Iraque.
Ambos receberam, em anos anteriores, o Prémio Sakharov, atribuído pelo Parlamento Europeu.
O médico, que acredita que a "justiça é responsabilidade de todos", montou um hospital com 350 camas, financiado pela Unicef e outros doadores, que dispõe ainda de uma unidade de atendimento móvel e um sistema de microcrédito para ajudar as vítimas a reconstruir as suas vidas.
Nadia, que pertence à minoria yazidi no Iraque, foi sequestrada e violentada pelo grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI) e hoje luta contra o tráfico sexual de mulheres.