Numa declaração ao país, depois de se conhecer a tragédia na escola primária Hillside Endarasha, de Nyeri, uma cidade no centro montanhoso do Quénia, William Ruto, garantiu que os responsáveis "serão levados à justiça e vão ser severamente punidos"
Fontes da polícia de Nyeri, segundo avançam os media locais, dizem que o cenário encontrado no local pelas equipas de socorro é de uma "verdadeira tragédia e muita dor".
As chamas adquiriram tal intensidade que os corpos das vítimas ficaram irreconhecíveis e as equipas de salvamento tiveram grandes dificuldades em controlar o fogo, relataram os jornalistas da televisão pública queniana citados pela Reuters.
As autoridades locais admitem que o número de vítimas deverá aumentar nas próximas horas porque decorrem, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 06, trabalhos de busca entre os destroços do fogo no edifício que albergava mais de 800 alunos com idades entre os cinco e os 12 anos.
E ainda porque aos hospitais da cidade continuavam a chegar crianças com queimaduras graves.
As causas do incêndio estão já a ser investigadas mas a possibilidade de fogo posto de origem criminosa não é a mais considerada pela polícia queniana.
Entretanto, o Governo já anunciou que foram dadas instruções a todas as regiões administrativas na área da educação para que sejam feitas vistorias nas escolas de forma a detectar potenciais riscos de incêndio.
No entanto, como sublinham os media locais, citados pela Reuters e pela Al Jazeera, o Quénia foi palco de múltiplos incêndios em escolas nos últimos anos, com dezenas de mortos registados em 2001, 2012 e 2017, além de pequenos incidentes do género espalhados por todo o país com centenas de feridos de distintas formas de gravidade.
O mais grave, desde o início do século ocorreu em 2001, numa escola secundária de Kyanguli, nos subúrbios de Nairobi, a capital, com 58 mortos e largas dezenas de feridos graves.