Este ataque, o primeiro em largos meses com esta escala, fora das dramáticas regiões do leste congolês, Kivu, Norte e Sul, e Ituri, mostra que este país com quem Angola partilha uma extensa fronteira terrestre e marítima vive momentos de grave escalada de violência social e étnica.

Isso mesmo o demonstra este ataque, que, segundo os media congoleses, resulta de um crescendo de animosidade entre aldeias da regiões oeste da RDC, sendo apenas um dos vários episódios de violência, com largas dezenas de mortos já registados mas que, devido a dificuldades de comunicação, demoram dias a ser relatados às autoridades em Kinshasa.

Neste caso, as rivalidades mortíferas ocorrem entre as comunidades Teke e Yaka, e, segundo o site africanews.com, nos últimos dois anos levaram à morte centenas de indivíduos, sendo que desta feita a autoria do ataque foi reportado como tendo sido feito pela milícia Mobondo, erada no seio da comunidade Yaka.

As buscas por cadáveres continuam nas imediações da aldeia atacada e as autoridades admitem que possam haver ainda muitas vítimas por encontrar nas florestas desta área geográfica.