Na embarcação sobrelotada que virou repentinamente atirando cerca de 300 passageiros e tripulantes para as águas do Lago Kivu, estava ainda uma quantidade de carga, entre mercadorias e bagagens de passageiros, que fazia daquela uma viagem de alto risco.
A maior parte das pessoas que saíram do naufrágio com vida conseguiram chegar a terra pelos seus próprios meios porque, como notam os media locais, o acidente aconteceu relativamente próximo da costa, quando a embarcação se preparava para atracar no Porto de Kituku, nas imediações de Goma, capital do Kivu Norte.
Entre os passageiros estavam, além de dezenas de comerciantes que se dirigiam para o importante mercado local, numa azafama que faz, normalmente, uma embarcação feita para transportar 80 pessoas estar com quase 300 a bordo, muitas pessoas que evitavam circular pelas estradas devido à violência das guerrilhas e milícias.
As autoridades do Kivu Norte anunciaram que as buscas estão a ser intensificadas para encontrar os corpos que ainda estão, quase um dia depois da tragédia, nas águas do Lago Kivu, avançando o governador Jean Purisi, que os trabalhos vão demorar no mínimo três dias.
Uma das razões pelas quais estes barcos estão ultimamente mais cheios que o costume, apesar de ta, cenário ser normal, é que a instabilidade militar gerada pelos guerrilheiros do M23 na região (ver links em baixo nesta página) obriga as pessoas a evitar circular pelas estradas da região.