Os combates intensificaram-se desde o início de Outubro a norte de Goma, a capital provincial do Kivu do Norte, entre os rebeldes do M23, o exército da RDC (FARDC) e os chamados grupos armados "patrióticos" de outros sítios do país.

No comunicado de imprensa, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) sublinha que a grande maioria das pessoas deslocadas necessita de ajuda humanitária.

No final de Outubro, cerca de 5,6 milhões de pessoas deslocadas da RDC estavam estabelecidas nas províncias orientais de Kivu do Norte, Kivu do Sul, Ituri e Tanganica, segundo a OIM, que especifica que a violência é a principal razão destes movimentos.

Só no Kivu do Norte, quase um milhão de residentes fugiram das suas casas devido aos combates, envolvendo o M23.

Recorde-se, como pode ser revisitado no vasto noticiário produzido pelo Novo Jornal (ver links em baixo nesta página), que o M23, um grupo armado criado em 2012, com origem no Ruanda, de etnia Tutsi, esteve adormecido até 2021, ano em que regressou em força para desestabilizar o leste congolês.

Rapidamente Kinshasa acusou Kigali de estar por detrás deste ressurgimento e a tensão entre os dois países chegou a estar ao rubro, com repetidas escaramuças nas fronteiras, tendo este estado de pré-guerra levado as organizações internacionais, a ONU e as sub-regionais a criar uma task force no sentido de evitar a eclosão de uma guerra aberta, que seria devastadora para toda a região dos Grandes Lagos.