Depois de uma antiga funcionária, Francis Haugen, ter passado documentação interna do Facebook para o Wall Street Journal, e participado num programa de televisão de grande audiência, 60 Minutes, CBS, expondo a forma como esta rede social se desliga da segurança dos utilizadores em nome do lucro, o que gerou, nas últimas semanas, um vendaval na empresa, agora foi um crash, ainda por explicar, que retirou do "ar" as três redes por horas, na segunda-feira.

Embora já tenham vindo a público garantir que não se tratou de um ataque direccionado, o conglomerado de Zuckerberg perdeu, só nas cerca de sete horas "off", perto de 6 mil milhões USD em bolsa, o que é mais de 1,5 vezes o pacote global do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Angola, que foi de 3,7 mil milhões USD.

O CEO do Facebook ficou a arder com esta fortuna com uma queda de 5% das acções da empresa no Nasdaq, a bolsa tecnológica, em Nova Iorque.

Embora seja natural que volte a recuperar, em grande medida, esta fortuna que se dilui no éter, a verdade é que esta situação, agravada com a fuga de informação da sua antiga funcionária, os danos de reputação são mais difíceis de suprimir.

A "avaria" retirou por mais de seis horas as principais plataformas do CEO Zuckerberg, WhatsApp, Instagram, Messenger e Facebook, tendo estas voltado ao normal já durante a noite de segunda-feira para terça-feira, 05, mas com a suspeita de que pode ter sido um problema mais grave que aquela avaria reportada pelo Facebook, por exemplo, um ataque informático dirigido com propósitos desconhecidos por enquanto.

E o CEO do Facebook também não ficou bem aos olhos dos seus pares, porque com a sua queda em bolsa, arrastou as outras tecnológicas, como a Google, Amazon, Microsoft... que, no conjunto, perderam, no mesmo espaço de tempo, mais de 2% em bolsa, o que representa largas centenas de milhares de milhões de dólares.