E instalou-se o medo, o pânico, a histeria: vamos todos morrer asfixiados em atroz sofrimento amarrados e intubados a máquinas mais ou menos sofisticadas e oxigenados o que, entre nós, era apenas utilizada em serviços de reanimação e nas Unidades de Tratamento Intensivo e eventualmente em certos actos cirúrgicos; e ainda há o terrível "ECMO"!
Não temos camas suficientes, nem pessoal, nem equipamento, nem material gastável nem outro qualquer, nem "know how" para fazer face à pandemia; e vai daí, a solução rapidamente encontrada foi a construção e montagem de hospitais de campanha: enormes desmesurados com 500, 1000 camas, equipados para receber as previstas centenas de doentes com Covid, não só na capital mas também um pouco por todo o país.
Disse, na altura, que este vírus tinha vindo para ficar: que sim, contaminaria muita gente, só mataria talvez alguns, poucos principalmente os doentes crónicos e descompensados, idosos com comorbidades. E escrevi que, como todos os vírus, este acabaria por se ir embora com o tempo, esgotando a sua capacidade infectante ao criar uma certa imunidade, a "herd immunity" (imunidade de rebanho) em populações como a nossa; que, além disso, nós os angolanos, desde a tenra infância vimos sendo afectados e infectados por inúmeras doenças contagiosas, virais, bacterianas, parasitárias e outras para a defesa das quais o nosso organismo pôs e tem posto em campo as suas defesas naturais ou "ecológicas" como lhes chamo.
Por outro outro lado, quando se decretou o estado de emergência, chamei a atenção para o facto de que a aplicação das medidas de distanciamento e outras de execução obrigatória e autoritária não seria razoável nem de cumprimento exequível numa população que vivia em horrorosas condições de habitação e de salubridade, encafuados uns sobre outros, sem as mínimas condições de higiene, sem água para as abluções quotidianas quanto mais para a tal exigida "lavagem" persistente das mãos; o mesmo se poderia dizer da concentração humana nos mercados acotovelados e amontoados, às centenas e até aos milhares, para venderem e comprarem o que o seus parcos e ínfimos recursos financeiros lhes permite sobreviver, mau grado o apregoado e publicitado "Kwenda". O evidente incumprimento dessas medidas de contenção pelo povo em geral, fazia prever uma hecatombe de infectados, de doentes hospitalizados e nas UTI com as urgências hospitalares e as enfermarias a romperem pelas costuras, além das mortes catalogadas como de Covid.
Mas o mote hoje é "vacinar, vacinar e vacinar até crianças de 5 anos(?) e se, necessário, aplicar as 3ª, 4 ª e "n-doses" a toda a gente, e sancionar os recalcitrantes, para diminuir a agressividade e a letalidade de qualquer outra variante, até liquidarmos o vírus será(?) e começarmos a viver normalmente. Nisso estão engajados os responsáveis do Ministério da Saúde e algumas organizações internacionais como a a Unicef que veste com T-shirts da organização alguns conhecidos e destacados médicos, artistas e outras personalidades populares para, com slogans, incutir nos incrédulos a imperiosidade da vacinação que é "segura, não custa nada e salva vidas". Vacinas de só 3 a 6 meses de real eficiência e validade mas necessitando de reforços e doses sucessivas? Será que se tem a ilusória espectativa de que no espaço de um dois três anos ou muitos mais se virá a erradicar o Coronavirus! Tendo em conta o número de vacinados com 2 doses, pouco mais de 5 Milhões, ainda falta vacinar completamente mais de 5 Milhões! Com as vacinas fora do prazo de validade, como fazer daqui para diante para cobrir a população alvo? Não serão esperanças idosas?
Vejamos agora os valores da pandemia, um pouco por todo o lado, principalmente nos países ricos e desafogados: Dezenas e centenas de milhares de infectados diariamente com todos os Coronavirus de antes e com o Ómicron de agora. São os célebres picos, autênticos "Kilimanjaro", com que tanto assustam as populações e os dirigentes políticos mas alegram os grandes farmacêuticos entre os quais destaco a Pfizer que, com as "vacinas" e os testes, têm ganho e distribuído fortunas astronómicas um pouco por todo lado. Simplesmente por se estar a testar aleatória e indiscriminadamente milhares de pessoas, com ou sem sintomas, o que tem dado resultados enganadores e "assustadores" sobre o avanço e a extensão da "pandemia". São as curvas epidemiológicas que desde 2020 têm sido aceites como real taxa de infecciosidade e ou de contágio do vírus e que têm servido de razão e apoio à aplicação de medidas aleatórias e irrelevantes de contenção como o de, por um lado, proibir as praias e piscinas e, por outro, permitir abrir bares, escancarar discotecas e outros amontoados de gente e obrigarem-se e obrigarem-nos a usar sempre e sempre os "tapa boca e nariz" de pouca eficiência na luta contra a infecção.
E a "fúria vacinal" a que se está dictatorialmente obrigado sob pena de sanções tais como o impedimento de frequentar as escolas e a livre circulação em todos locais públicos com a apresentação do famigerado cartão vacinal sem o qual é vedado ao cidadão ir trabalhar, ser escolarizado, frequentar restaurantes bares e cafés, com altas multas pecuniárias para quem prevarica ou deixa prevaricar. Eu que já fui autor e responsável de campanhas de vacinais, não sou contra a vacinação; ponho sim dúvidas quanto à eficiência e eficácia deste mARN e sou terminantemente contra a chantagem do "ou és vacinado ou deixas de beneficiar de alguns dos teus direitos individuais".
No divulgar dos resultados evolutivos da pan-paranóia temos visto um alto número de "recuperados", quase o mesmo do de infectados, o que parece regozijar a equipa de saúde os dirigentes e não só; ora eu fico na dúvida: serão recuperados da doença, portanto mais ou menos curados, ou dos testados positivo que, em posterior controlo, deram negativo? A ser isso, qual o valor estatístico desses recuperados que poucos países, excluindo Portugal e nós, deixaram de os apresentar nos seu seus "compt rendus".
Diz-se que os baixos números de doentes graves internados, dos na UTI e os falecidos de Covid-19 em relação aos valores de 2021, são o resultado da alta taxa de uma vacinação que tem permitido uma boa cobertura de anticorpos protectores; sim é possível mas não nos esqueçamos também da auto defesa assegurada eficazmente pelo sistema imunitário natural, contra o Ómicron e todos os outros que o antecederam. Lembro o que escrevi acima: "com o Ómicron não mais é preciso vacinar!
Finalmente julgo ser chegado o momento de dar o meu parecer sobre esta "pandemia" aqui no nosso país: Desde o princípio que considero tratar-se de uma epidemia. Na verdade, se fizermos um balanço estatístico actual e retroactivo sério e real sobre o número de infectados com o vírus ao longo dos dois antecedentes anos verificamos: 1- que a epidemia começou principalmente em alguns bairros na capital Luanda e com valores que são insignificantes se comparados com as doenças "endémicas", virais ou não; 2- que a morbilidade e a letalidade são irrisórias se forem contabilizadas e analisadas estatística e percentualmente em relação à população: andarão nos 0,000X%; 3- faça-se apenas os cálculos em relação à população do país, 30 Milhões de habitantes: ontem, dia 28 de Janeiro 2022 e desdém há 25 meses, Angola contabilizou 97.901 casos o que em relação à população dá uma percentagem de 0,00033%"; houve 3.739,00 activos, 0,000145% da população e dos quais 98% são activos assintomáticos; óbitos 1.893,00 são 0,020% em relação aos infectados e 0,00006% em relação à população do país. Estes dados, desde o início da "pandemia" são, sem sombras de dúvida, os de uma epidemia para não dizer de uma endemia, na hipótese de o SARS-CoV-2 estar a circular entre nós desde há muitos anos com o formato clínico de uma "grippe like syndrome" ou de uma "vulgar constipação".
Então, senhores da Comissão Técnica Multisectorial, estão à espera de quê para aconselhar o Presidente da República a ab-rogar as medidas ditas de contenção da progressão da Covid-19, autoritariamente obrigadas nos sucessivos Decretos Presidenciais, progressivamente limitativos de alguns dos Direitos e Liberdades Individuais e Colectivas dos cidadãos, mormente: o direito de não ser submetido a experiências médicas e científicas, a "vacinação" com o mRNA que não é propriamente uma vacina; o direito de circular livremente; o direito de estudar e cultivar-se e de praticar desporto individual e colectivo livremente; o direito de trabalhar e de se divertir; o direito de velar e sepultar seus mortos; o direito de celebrar e festejar os aniversários, casamentos e baptizados; o direito de celebrar e participar nos cultos da sua igreja e religião; o direito de
praticar o desporto, de frequentar os ginásios; o direito de usufruir das piscinas e de espraiar-se ao sol nas areias à beira mar (parece que membros da Comissão técnica têm medo das serenas ondas do mar e das sereias); tudo isso são direitos que nos têm sido proibidos, limitados e sonegados.
Senhores membros da referida Comissão: como médicos e cientistas e destacado militar, julgo que é vosso dever estarem bem informados e a par do muito que se tem publicado mundialmente sobre o coronavirus para deixarem de aterrorizar a população através de declarações tonitruantes como "o VÍRUS MATA" e também para poderem fornecer aos decisores políticos, principalmente ao PR, os dados que lhe permita tomar decisões sobre como fazer face cientificamente, à contaminação e à progressão da doença e para que ela não crie situações de agravamento das quase desastrosas condições sociais culturais económicas e financeiras com as sérias repercussões sobre a saúde física e mental da população.
E ainda hoje me surpreendo com o estado histérico de terror e pânico causado por esta infecção que mexeu com todo o mundo científico, político, económico e financeiro. Que levou a que laboratórios famacêuticos, de "par le monde", se metessem ao barulho e, em tempo quase record, parissem diversas "vacinas", as lançassem ao pasto saltando rapidamente as três etapas julgadas no mínimo necessárias suficientes e seguras para acalmarem a ânsia dos eventuais utentes. Lembro que o mundo científico levou quase um século para divulgar os primeiros testes úteis e eficazes para a vacina contra o paludismo!
Foi assim que nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Rússia, na Alemanha, apareceram as primeiras marcas: AstraZeneca, Pfizer, Sputnik V, Johnson and Johnson e outros que foram lançando as suas marcas no mercado; através do parecer favorável e nem sempre consensual de organizações de renome nacional e internacional, como a CDC (Center for Desease Control and Prevention), a FDA (Food and Drug Administration), ECDC (European Center for Desease Control) e outros, foram sendo reconhecidos como produtores de vacinas fiáveis e seguras, aconselhando o mundo a utilizarem as marcas mais cotadas no mercado em que a Pfizer e a AstraZeneca eram as mais recomendadas para uso universal e para serem aplicadas em diferentes doses e reforços para procurar obter, em 3 a 6 meses, a imunidade suficiente para ir diminuindo a taxa de infecção. E os anti-covid orais que se propalam agora!
Permanecem algumas dúvidas sobre o efeito da vacinação no evoluir da epidemia mas não sobre o aumento astronómico das posses dos magnatas farmacêuticos: são aos triliões ou mais de dólares norte americanos!