O Grupo Parlamentar da UNITA está preocupado com a notificação de 75 infecções nas últimas horas, mais de metade delas na província de Luanda, onde os deputados do principal partido da oposição visitar todos mercados para contactos com os cidadãos e instituições públicas e privadas.
"As delegações serão compostas por deputados e outros dirigentes, com o objectivo de constatar o funcionamento dos mercados que alimentam Luanda e o País, ouvir o clamor e anseios dos cidadãos e das instituições para a melhoria das suas condições de vida e de trabalho", diz uma nota do Grupo Parlamentar da UNITA.
Refira-se que a UNITA tem vindo a afirmar que os recorrentes surtos de cólera em Angola devem-se à "inversão gritante de prioridades em saúde", investindo-se mais no sistema terciário que nos cuidados primários.
A UNITA realça que o País registou há oito anos o último surto de cólera, que afectou as províncias de Cabinda, Luanda e Zaire, com um total de 252 casos e 11 mortes, entre 2016 e 2017, número já muito ultrapassado este ano, "facto que reflecte regressão acentuada da qualidade de vida das famílias nos últimos anos e consequente desestruturação do tecido social a nível das comunidades".
O partido liderado per Adalberto Costa Júnior tem vindo a insistir nas eleições autárquicas. Esta semana, no Parlamento, o maior partido da oposição, na sua declaração política trimestral, e a propósito do ano do cinquentenário da Independência Nacional, afirmou, a propósito do último surto de cólera que "não há dinheiro para atacar as causas estruturais do surto da cólera e das endemias da malária e da febre tifoide, mas há dinheiro para um dispendioso e multimilionário programa de festas e comemorações".
"Não há dinheiro para tratar e distribuir água potável e energia eléctrica para todas as famílias, mas há dinheiro para construir mais um satélite fantasma, o ANGOSAT-3", criticou, acrescentando que a pobreza extrema aumentou 82% em oito anos e afecta 11,6 milhões de angolanos.
"Não há dinheiro para combater a pobreza extrema, mas há dinheiro para a propaganda institucional, que não mata a fome, e há muito dinheiro para a consultoria externa que retira oportunidades para os quadros angolanos", acusou o Grupo Parlamentar da UNITA.
"A Angola dos nossos sonhos, que queremos comemorar a partir do próximo ano, é a Angola da democracia e das Autarquias, em que existe alternância pacífica no poder mediante eleições livres, democráticas justas e verificáveis", declarou Liberty Chiaca no Parlamento, defendendo um País "com justiça social e solidariedade nacional".