"O processo de renovação de mandatos a nível das províncias termina amanhã, no Kuanza Norte, onde será eleito o novo secretário provincial do nosso partido", disse ao Novo Jornal o presidente do FNLA, Nimi-a-Nsimbi, frisando que com o fim deste processo, "estão criadas as condições para agigantar o partido para os desafios políticos dos próximos anos".
"Só um partido forte, coeso, determinado, convicto do seu ideal e do projecto que propõe ao povo angolano pode intensificar a resposta à multiplicidade de desafios que se nos apresentam. E isso só se faz com mais militância e mais organização", acrescentou.
Depois da crise interna que durou mais de 20 anos, o reforço da organização, segundo Nimi-a-Nsimbi, é indispensável para enfrentar os desafios políticos, tendo em vista a realização das eleições gerais de 2027.
O líder da FNLA lamentou "a atitude de alguns membros do seu partido" que "insistem em desrespeitar as orientações", da sua direcção, prometendo que os autores destes comportamentos não terão "ângulo de manobra" no seio da organização.
"Todo este comportamento de má-fé levado a cabo por alguns membros, tem como objectivo desestabilizar o partido. Mas estes não terão sucesso", referiu.
Questionado sobre a actual situação do País, o presidente da FNLA considerou que continua a enfrentar inúmeros desafios no sector social e económico.
"O combate à fome e a pobreza, o acesso aos serviços básicos de saúde e educação e a oferta de emprego para a juventude fazem parte do conjunto de desafios políticos, sociais e económicos que o Governo enfrenta, e que devem ser resolvidos", acrescentou.
"O mais urgente neste momento é a erradicação da fome e da pobreza em Angola. É preciso que o Governo crie um programa credível de assistência social que passe pela adopção de medidas sérias", frisou, sublinhando que "não é justo ver hoje em dia, angolanos a disputarem a comida nos contentores de lixo".
Refira-se que a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) é um movimento político fundado em 1954. A FNLA foi um dos movimentos nacionalistas angolanos durante a guerra anticolonial de 1961 a 1974, juntamente com a UNITA e MPLA.
Desde 1991 é um partido político cuja importância tem vindo a diminuir drasticamente, em função dos seus fracos resultados nas eleições legislativas desde 1992.