José Eduardo dos Santos, de 79 anos, exprimiu a sua tristeza pelo passamento físico dessas figuras, em nota de condolências endereçada a cada uma das famílias, e enviada ao Novo Jornal.

"Provocou em mim a mais sentida tristeza a notícia do desaparecimento físico do General Paulo Lara, que em vida foi um brilhante Oficial General das Forças Armadas Angolanas", começou por escrever o ex-Presidente José Eduardo dos Santos, na nota em que também destaca que Paulo Lara "atingiu o mais alto patamar na carreira militar" por "mérito próprio".

"Fica-me na memória a sua dedicação abnegada aos nobres ideais do povo angolano consubstanciados na paz, justiça, igualdade e liberdade", lê-se na carta lavrada por José Eduardo dos Santos, que encerra sem deixar de exprimir as suas "condolências" à esposa do general, Cristina Pinto, e "aos seus filhos, irmãos e sobrinhos", bem como aos seus "companheiros que com ele [general Lara] comungaram os mesmos ideais".

E sobre o general de origem cubana, Rafael Moracén Limonta, José Eduardo dos Santos sublinha que tem o "nome gravado nos anais da nossa recente história comum" e considera que a dimensão humana, a estatura política e a capacidade militar do general foram "marcadas pela lealdade, sagacidade, coragem e dedicação à nobre causa de libertação dos povos cubano e angolano".

"Recebi com bastante tristeza a informação do falecimento do General de Brigada Rafael Moracén, internacionalista cubano, com quem tive o grato prazer de conviver de perto, particularmente, durante o período de 1995 a 1998, quando a República de Angola atravessava um dos momentos difíceis do seu conflito interno", referiu o ex-Presidente.

"Apresento, verdadeiramente sentido, as minhas condolências à família e a todos os seus companheiros das gloriosas jornadas de luta", acrescentou José Eduardo dos Santos.

Refira-se que o general Paulo Pfluger Barreto Lara morreu vítima de doença, no Porto, em Portugal, a 22 de Março. E o general Rafael Moracén Limonta, que havia sido enviado pelo então Presidente cubano, Fidel Castro, a pedido de António Agostinho Neto, a fim de fornecer instrução militar aos guerrilheiros do MPLA na República congolesa, na luta contra o colono português, em 1965, morreu em Cuba, igualmente por doença, a 25 do mês de Março.

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