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Manuel Pedro Pacavira nasceu no Golungo-Alto, Província do Kwanza-Norte a 14 de Outubro de 1939. Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade de Havana, Cuba, foi ministro da Agricultura e dos Transportes e representante de Angola na ONU, além de governador da sua província natal.
Destacado membro do MPLA, partido onde ingressou logo no ano da fundação, em 1956, Manuel Pacavira foi também embaixador de Angola em Cuba e em Itália.
Segundo destaca o Bureau Político (BP) do MPLA, em comunicado, o nacionalista evidenciou-se como um "militante bastante activo que coordenou vários grupos de patriotas dos mais diversos estratos sociais do povo angolano, tendo integrado a primeira comissão directiva do Movimento Popular de Libertação de Angola, então coordenada pelo Presidente Agostinho Neto".
Enaltecendo o percurso de Manuel Pedro Pacavira como "combatente destemido pela independência nacional de Angola", o BP salienta que o ex-ministro foi um "nacionalista e africanista convicto que, por causa disso, muito cedo conheceu as cadeias coloniais, tendo nelas permanecido de 1960 a 1974", recuperando a liberdade já depois da queda do então regime colonial fascista, em Portugal.
Além da trajectória política, o nacionalista distinguiu-se pela veia literária: Prémio Nacional de Cultura e Artes na categoria de Literatura, em 2013, era membro da União dos Escritores Angolanos, e autor, entre outras, das obras "Gentes do Mato", "Nzinga Mbandi" e "JES - Uma Vida em prol da Pátria", dedicado ao Presidente José Eduardo dos Santos.
Em 2014, aquando do lançamento do seu último livro, intitulado "Angola e o Movimento Revolucionário dos Capitães de Abril em Portugal - Memórias (1974-1976)", Manuel Pedro Pacavira apelou aos seus companheiros de luta a apresentarem obras "iguais ou superiores" à sua, "sobretudo no aspecto militar".