"Por mim, estou comprometido com o povo, com o país. Agora os partidos que querem usar-me, alegando que eu traí os ideais da Frente Patriótica Unida (FPU), o problema é deles", disse Abel Civukuvuku aos jornalistas este último fim-de-semana.
De acordo com Abel Chivukuvuku, a direcção do partido vai ao encontro dos militantes, sociedade civil e da população em geral nas 21 províncias do país, para conquistar espaço político e marcar a diferença num sistema dominado por históricos, prometendo inclusão e renovação em Angola.
Depois de ter recebido "luz verde" dos delegados ao congresso para o partido ir sozinho às eleições gerais de 2027, Abel Chivukuvuku tem sido alvo de críticas de vários estratos da sociedade, alegando que traiu os ideais da Frente Patriótica Unida.
Na última reunião da Comissão Política da UNITA, o histórico do principal partido da oposição, Samuel Chiwale, disse que Abel Chivukuvuku "foi sempre traidor".
"O Abel sempre foi traidor, e a traição sempre lhe acompanha", comentou.
" O Abel Chivukuvuku, mesmo no tempo do Dr. Jonas Savimbi, não revelava total confiança, e este é o Abel Chivukuvuku que nós conhecemos", acrescentou.
Reagindo a vários pronunciamentos, o Comité Executivo do PRA-JA Servir Angola acusou recentemente a UNITA e o Bloco Democrático de ignorarem "de forma acintosa e dolosa" as resoluções do primeiro congresso constitutivo do partido.
O partido diz que há "antecedentes da vontade explícita de assassinato de caráter e da personalidade" do líder do partido, Abel Chivukuvuku.
Os três partidos apresentaram-se às eleições gerais de 2022 integrados na Frente Patriótica Unida (FPU), uma plataforma política coordenada pela UNITA, mas na altura o PRA-JA Servir Angola não tinha ainda sido formalizado legalmente.