"Chegou o momento em que a opinião pública tem de ficar esclarecida sobre o meu alegado envolvimento no desvio de fundos do partido. Como é que fico perante os meus filhos, amigos e sociedade em geral, face a essas informações falsas?", lamentou-se "Dinho" Chingunji.

Segundo o político, há dois meses que um grupo de militantes vem manchando a sua imagem com informações falsas, garantindo também que nunca foi o gestor da conta, sendo uma responsabilidade do seu você-presidente.

"Eles vão ter de provar, porque isto não pode ficar assim", referiu, acrescentando que este grupo de militantes paga a alguma imprensa para sujar a sua imagem.

"Estou tranquilo e as autoridades competentes não vão encontrar nenhuma irregularidade a respeito da gestão de fundos. Tudo o que foi gasto tem provas", acrescentou, sublinhando que, antes de ser líder de um partido político, já era empresário e consultor internacional, por isso, não tem necessidade de desviar fundos.

Recentemente, "Dinho" Chingunji suspendeu vários responsáveis da direcção do partido por "má gestão dos fundos da campanha eleitoral, indisciplina, desobediência e violação dos estatutos do partido".

Entre os membros suspensos destacam-se o secretário-geral do partido, António Bráulio de Mário Kaangala, Rufino Paulo Samanjata Sawandi (presidente do conselho de jurisdição) e João Garcia Vasco, presidente nacional da juventude.

Foram ainda afastados dos seus respetivos cargos, Felícia Chivela Savili Essaca, (secretária do conselho de jurisdição), António Pedro Zumba (1°vogal da comissão política nacional), Cláudio Domingos Africano (4° vogal da comissão política nacional), José Manuel Ferreira, porta-voz do partido, e Guálter André Rodrigues, conselheiro do presidente.

A nível das províncias, foram suspensos os secretários provinciais Nilton Adriano de Assunção, da Huíla, José Cassanga Mutango, do Cuando Cubango, Nsiamaketo Lutonádio André, do Uíge, Jorge Domingos Hekele, do Namibe, Aurélio Muatilonja, do Cunene, e José Palata.

Enquanto durar o período de suspensão, os membros em causa são proibidos de representar o partido e de falar em nome do P-NJANGO, que nas eleições de 24 de Agosto, à semelhança da CASA-CE, não conseguiu eleger um deputado sequer.