Segundo o comité permanente da comissão política do maior partido da oposição, "é urgente o Executivo perceber que há limites para tudo".
A UNITA pede a vinda a Angola de comissões da União Africana, da Corte de Justiça e dos Povos Africanos, do Parlamento Europeu, do Tribunal dos Direitos do Homem das Nações Unidas, bem como o envolvimento dos actores da sociedade civil para "acções de constatação da falta de independência do poder judicial, do abandono criminoso das populações, da extrema censura nos órgãos de comunicação e da perseguição política e ameaças à integridade física dos líderes partidários".
O partido liderado por Costa Júnior insta a PGR a tomar as devidas medidas e a investigar tais denúncias e apela aos membros, simpatizantes e amigos, bem como a todos os angolanos, a redobrarem esforços "para que não se reacendam no país assassinatos políticos".
Sobre o incidente ocorrido no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em que as autoridades retiveram por largas horas ex-Presidentes estrangeiros e vários delegados que iriam participar na Conferência Internacional da Plataforma Democratas por África, a UNITA diz que trabalhou afincadamente com o Governo durante dois meses e que forneceu a lista dos convidados, a data de chegada e os propósitos.
O partido diz que o Estado democrático "está em perigo, face à postura anti-democrática do MPLA, que mantém refém o Estado" e apela a uma "ampla manifestação" que junte a sociedade civil e as igrejas.