"O País continua não dando sinais de progresso social, razão pela qual têm sido incapazes de construir um estado social, em que as pessoas possam sentir-se valorizadas", lê-se numa declaração política divulgada esta quinta-feira, 04, por ocasião do 14º aniversário da organização que hoje se assinala.

"Diante destes factos que provam a incapacidade governativa do Presidente da República, João Lourenço, e do seu regime, o BD, exige e insta veementemente o Governo angolano e a sua maioria parlamentar à viabilização da realização das eleições autárquicas, lê-se na declaração,

"Dois anos após os resultados da fraude eleitoral de 2022, a Assembleia Nacional aprovou o Projecto da UNITA e do Governo sobre a Institucionalização das Autarquias Locais e a constituição de uma comissão eventual para a busca de consensos", diz o BD na declaração, lamentando, que volvidos mês e meio, e num "claro desrespeito" ao soberano povo de Angola, notou-se que a maioria parlamentar "continua a colocar em perigo a democracia representativa e consensual sobre o processo autárquico2.

"O Governo do MPLA introduziu na estratégia da ditadura democrática, temas como a Divisão Política Administrativa do País, e de Luanda em particular, o confuso Programa Nacional de Desenvolvimento (PDN), incumpridor das promessas eleitorais, inviabilizando a construção de um País próspero e digno de se viver, violando o preceituado no artigo 52º da Constituição da República de Angola", argumenta o BD na declaração.

De acordo com o documento, o Bloco Democrático declara e assume o seu compromisso de luta contínua pelos direitos fundamentais dos cidadãos, um acto de puro exercício cívico que se configura hoje e sempre num desafio inquestionável.

"O BD pretende ser um partido com espírito de abertura à sociedade e à difusão de ideias, não apenas dos seus militantes, mas de todas as personalidades da sociedade civil e dos activistas das suas organizações que procuram os caminhos de uma mudança não apenas do poder mas da política nacional a todos os níveis", refere o documento.

"Neste percurso cheio de sacrifícios consentidos e por vontade expressa dos militantes e simpatizantes, o BD integra a Frente Patriótica Unida-FPU, demonstrando espírito de missão em benefício do povo angolano e não apenas o poder pelo poder", acrescenta.

Para o BD, "os angolanos estão perante manobras dilatórias praticadas nos 49 anos de desgovernação, não levando Angola a sério".

"Não se constrói a cidadania e a democracia andando na contramão dos valores sublimes da política, prática adoptada pelo Regime que tem como finalidade a manutenção do poder a todo custo", termina a declaração.

O Bloco Democrático, fundado a 04 de Julho 2010, é um dos partidos integrantes da Frente Patriótica Unida (FPU), juntamente com a UNITA e o projeto político PRAJA-Servir Angola, de Abel Chivukuvuku.