O Chefe de Estado afirmou que "o que ocorreu na segunda-feira foi um verdadeiro acto de terror, cujas impressões digitais deixadas na cena do crime são bem visíveis".

O início da semana ficou marcado por protestos populares na periferia da capital do País, com muitos cidadãos a protagonizarem actos de vandalismo na via pública e a pilhagem de alguns estabelecimentos comercias, no dia em que os taxistas de algumas associações paralisaram a actividade.

A escalada de violência aconteceu durante a manhã de segunda-feira, tal como a troca de acusações entre o partido do Governo e o principal partido da oposição.

Para o Presidente, o País foi alvo de "um acto de rebelião que alterou a ordem pública, vandalizou bens públicos e privados e pôs em risco a segurança e a vida de pacatos cidadãos", incluindo profissionais de saúde e da comunicação social.

Sobre a greve dos taxistas, João Lourenço disse que pelo serviço que prestam à população, o Executivo foi além das suas reivindicações, autorizando 100 por cento de lotação máxima, quando a exigência era de 75 por cento, sendo que este era um dos pontos do caderno reivindicativo da classe.

João Lourenço deixou, no discurso, uma garantia quanto às eleições gerais: estas "terão lugar em ambiente de plena segurança para os eleitores e observadores em Agosto de 2022, tal como estabelece a Constituição da República".

Destacou a pronta manifestação de repulsa e condenação pública da sociedade angolana, através de representantes de partidos políticos, confissões religiosas, Organizações Não- Governamentais (...).

O Chefe de Estado elogiou a Polícia Nacional "por ter agido com contenção", afirmando que as forças policiais estão à altura do desafio e vão garantir a ordem e a segurança dos cidadãos, das instituições e da propriedade.

Elogiou igualmente o comportamento "patriota, tolerante e responsável" das entidades directamente lesadas "naquele fatídico dia".

Entretanto, no noticiário das 13:00, a Televisão Pública de Angola apresentou, depois das declarações do Presidente da República, uma reportagem em que estabelece uma relação directa entre a UNITA e os actos de vandalismo de segunda-feira.

A UNITA já agendou para mais tarde uma reacção "aturada" a estas delcarações de João Lourenço.