Os dois partidos consideram que as soluções apresentadas pelo Governo até ao momento vão dificultar ainda mais a vida das pessoas num País onde a situação do desemprego é muito alta.
"É um transtorno completo para a vida das famílias", disse ao Novo Jornal o porta-voz da UNITA, Marcial Dachala, frisando que a subida da gasolina deve ser acompanhada de um aumento salarial.
"Os transportes colectivos vão ser subsidiados, incluindo os taxistas", reconheceu o deputado, acrescentando que, com a subida da gasolina, o impacto no aumento de custo de vida da população é directo, assim como no sector produtivo e de serviços.
"Este aumento veio agravar mais o custo de vida que os angolanos suportam, diariamente, num País onde o índice de desemprego é muito alto e assustador. É um golpe no bolso do cidadão", acrescentou Marcial Dachala.
Na opinião do secretário-geral do PRS, Rui Malopa Miguel, a medida sendo uma das principais recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Executivo deveria reajustar os salários da função pública para fazer face ao custo de vida.
"Angola comprometeu-se com o FMI e com o Banco Mundial a acabar com os subsídios aos combustíveis, num processo gradual que iniciou agora. Mas esta medida vai afectar a vida das populações", acrescentou, salientando que a cesta básica, por exemplo, vai ter seu custo alterado pelo aumento da gasolina.
O Executivo anunciou esta quinta-feira a retirada gradual de subsídios à gasolina, que vai passar dos actuais 160 kwanzas para 300 kwanzas o litro.
Segundo o Governo as tarifas dos taxistas e moto-taxistas vão ser subvencionadas, continuando os mesmos a pagar 160 kwanzas o litro da gasolina, cobrindo o Estado a diferença.