Segundo o comunicado final da reunião, "a Comissão Política da UNITA ouviu a posição do presidente do partido sobre a necessidade da realização do XIIIº Congresso e aprovou com 222 votos (94,9%) favoráveis, Um (1) voto contra (0.4%) e Onze (11) abstenções (4,7%) a realização do XIII Congresso até 4 de Dezembro de 2021".
O XIII Congresso Ordinário da UNITA, que será uma repetição daquele em que foi eleito Adalberto Costa Júnior e foi entretanto anulado pelo Tribunal Constitucional, realiza-se assim antes do congresso do MPLA, marcado para 9 de Dezembro.
Estão deste modo respondidas, em parte, as dúvidas que pairavam antes da Comissão Política da UNITA se fechar dentro do complexo Sovismo: O "Galo Negro" vai mesmo avançar em tempo recorde para a realização do XIII Congresso Ordinário, e deverá eleger o seu líder antes da realização do Congresso do MPLA, marcado para 9 de Dezembro.
A segunda dúvida era se a liderança do maior partido da oposição iria ser disputado por mais militantes além de Adalberto da Costa Júnior, e, segundo o assessor de imprensa do 'Galo Negro', a cadeira da presidência da UNITA deverá ser disputada por vários candidatos, visto ser "norma democrática do partido".
Sabe-se também que Isaías Samakuva já defendeu que, como é usual no partido, este conclave deve manter a existência de mais candidatos, condição que é rejeitada por uma parte da UNITA que entende ser Adalberto Costa Júnior candidato único como forma de demonstrar a unidade do partido face aos "ataques" do exterior, como é comummente considerado entre os militantes, que foi a decisão do TC.
Outra deliberação que sai desta resta reunião extraordinária: a Comissão Política mandatou o actual presidente da UNITA "a proceder às nomeações dos cargos de direcção e chefia do partido ao nível nacional e provincial para permitir um funcionamento normal antes do congresso".
A Comissão Política é composta por 251 membros efectivos e 55 suplentes.