"Estamos profundamente decepcionados e indignados pela posição tomada por Angola no Conselho de Segurança [das Nações Unidas]", introduz Oren Rosenblat na mensagem divulgada ao início desta noite.

Lembrando que "Angola e Israel são países amigos", o embaixador de Israel no país defende que "esta amizade deveria ser demonstrada nas Nações Unidas" e sugere que Angola foi desleal.

"A questão israelo-palestiniana deve ser resolvida. O que não é aceitável é que amigos levem as suas diferenças para o Conselho de Segurança", sublinhou.

Para o diplomata, a polémica resolução, que condena os colonatos israelitas na Cisjordânia e Jerusalém, "ignora completamente a História" e "não promoverá em nenhum caso a paz, mas sim endurecerá as posições palestinianas".

Sem usar a palavra "corte" ou "suspensão" para descrever a posição assumida por Israel em relação a Angola e outros países que apoiaram o documento da ONU, Oren Rosenblat refere apenas que "Israel decidiu limitar temporariamente o contacto oficial com os países que apoiaram a resolução".

Segundo o diplomata, "os ministros do Governo de Israel não visitarão esses países e o contacto com as embaixadas em Israel também será limitado".

A restrição deverá prolongar-se até à tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos EUA, tendo em conta que, conforme refere Oren Rosenblat, "a nova administração dos EUA terá uma abordagem completamente diferente".

Demonstrando total disponibilidade para retomar as negociações com os palestinianos, o responsável frisa que "o conflito israelo-palestiniano será resolvido apenas através de negociações bilaterais e directas, sem condições prévias".