No despacho assinado pelo Presidente João Lourenço, lê-se que este procedimento de contratação simplificada pelo critério material tem em conta "a necessidade de se proceder à actualização dos custos aprovados em função da transferência do local, bem como o seu redimensionamento, para assegurar a continuidade da execução do projecto".

Tem ainda em conta que o País "não tem a nível nacional um Instituto de Anatomia/Medicina Forense com capacidade para congregar cadáveres, realizar autópsia médico-legal e nem outras vertentes de perícia ligadas a essa especialidade, que determinam a necessidade imperiosa de se construir e garantir o apetrechamento dos serviços de apoio aos hospitais, na província de Luanda", o que dita, segundo o documento, "a adopção de um procedimento célere e desconcentrado para a tomada de decisões contratuais".

O Presidente delega competência à ministra da Saúde para a aprovação das peças do procedimento concursal, verificação da validade e legalidade de todos os actos praticados, incluindo a assinatura dos contratos.

Em Agosto de 2017, o então vice-presidente Manuel Vicente procedeu ao acto simbólico que marcou a construção da nova morgue central de Luanda, com capacidade para a conservação de 200 cadáveres e custo de 1,2 mil milhões de kwanzas (na altura, o equivalente a 7 milhões de dólares).

A infraestrutura, a ser erguida em dois anos, numa área de sete mil metros quadrados, no distrito urbano da Maianga, entre a antiga estrutura e a traseira do Centro de Reabilitação Física, compreenderia áreas de autópsia e descontaminação dos corpos, três salas de famílias, sala de orações, instalações sanitárias, área de preparação de cadáveres, quatro salas de visualização, estacionamento e área administrativa.