Numa publicação na sua página do Facebook é avançado que Zeca Mutchima foi detido em Luanda pelo SIC depois de, inicialmente, esta polícia se ter recusado a emitir uma notificação para a prestação oficial de declarações.
Ainda de acordo com esta publicação, o SIC justificou a ausência de necessidade de notificação porque era apenas para "obter algumas informações".
Mas por imposição dos advogados de Mutchima, a notificação foi emitida e este deslocou-se a Luanda para prestar declarações, segundo a nota escrita por Salvador Freire, advogado do líder do Movimento.
Mas, quando se deslocou ao local indicado, Zeca Mutchima, ainda segundo Salvador Freire, "a história foi outra" porque foi confrontado com um mandato de detenção com data de 06 de Fevereiro assinada pelo Procurador da Lunda Norte.
Citado pela Lusa, o advogado explicou que Zecamutchima é acusado dos crimes de rebelião e associação de malfeitores e que está a "fazer tudo para deixar cair os crimes" que constam no mandado.
Esta detenção surge no seguimento dos acontecimentos de 30 de Janeiro, em Cafunfo, Lunda Norte, quando, segundo a polícia, 300 pessoas protagonizaram uma "rebelião armada" e de acordo com o Movimento, "participavam numa manifestação pacífica", tendo resultado em vários mortos, que vão de seis, conforme garante a PN, pelo menos 16, afirma o Movimento.