As Confederações Sindicais, que são os sindicatos de nível superior, e que velam pelo direito dos trabalhadores, admitem evolução por parte do Governo ao ter pensado em aumentar o salário mínimo nacional e procedido ao reajuste salarial na função pública, mas recusam-se a aceitar que a subida seja feita em 50%, como decidiu o Conselho de Ministros, e não deixam de criticar o Executivo por ter tomado uma decisão com impacto na vida das empresas e dos trabalhadores sem ouvir os parceiros sociais.
O Novo Jornal sabe que técnicos de alguns sindicatos participaram de encontros que visaram a discutir os aspectos técnicos para se elevar o salário mínimo nacional e o reajuste na função pública, mas que, depois disso, as suas lideranças não foram convocadas para uma concertação social.
Falando em exclusivo ao Novo Jornal, José Joaquim Laurindo, secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos-Confederação Sindical (UNTA-CS), elogiou, por um lado, o Executivo angolano por ter idealizado materializar as reclamações de aumento salarial e, por outro, manifestou-se agastado pelo facto de as direcções dos sindicatos, enquanto parceiras do Governo, não terem sido convocadas para uma abordagem de concertação.
"Fizemos uma nota sobre a decisão (do Governo), embora tardia, mas a UNTA e o movimento sindical não reconhecem e não aceitam este indicativo de 50%, porque não corresponde sequer ao custo da cesta básica. Para nós, o aumento do salário, tendo em conta a média entre a cesta básica urbana e a rural, não pode ser de menos de 100 mil kwanzas", sublinhou José Joaquim Laurindo.
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