Dos três candidatos derrotados (foram quatro mas Raul Danda faleceu este ano) que participaram no congresso passado, apenas um, Abílio Kamalata Numa, já disse que não irá candidatar-se, manifestando o seu apoio ao ex-presidente, Adalberto Costa Júnior, que foi afastado por imposição do Tribunal Constitucional.
Para concorrer à presidência da UNITA, os candidatos têm de ter mais de 15 anos de militância activa, nacionalidade originária angolana, entre outros requisitos inscritos nos estatutos.
Vão participar no XIII congresso 1.150 delegados, oriundos das 18 províncias do País e do exterior.
Nos dias 03 e 04 deste mês serão realizadas as conferências comunais, enquanto no dia 08 terão lugar as municipais e no dia 13 as provinciais.
Esta fase de disputa eleitoral pela liderança do partido do "Galo Negro" decorre da anulação do Congresso de 2019 pelo Tribunal Constitucional, através do acórdão 700/2021, devido a irregularidades apontadas no processo de candidatura de Adalberto Costa Júnior, que acabaria por derrotar os restantes quatro candidatos.
O TC entendeu que Costa Júnior ainda era cidadão português quando concluiu o seu processo.
Perante essa decisão, da qual o partido não recorreu, a direcção da UNITA voltou à saída do congresso de 2015, assumindo, assim, Isaías Samakuva a liderança neste período limitado até à realização do Congresso, que é a repetição do que teve lugar em 2019, tendo já deixado claro que não é candidato à sua própria sucessão.