Segundo o comunicado sobre esta reunião da Comissão Política (CP) da UNITA, 175 membros (90 por cento) votaram a favor, 15 votos contra e três abstenções para a realização do XIII Congresso na data que já estava prevista.

Entre a anterior reunião da CP e esta, surgiram mais 14 votos contra. Nesta votaram contra quando na anterior apenas um elemento tinha votado desta forma.

Esta segunda reunião da CP da UNITA surge já depois de um grupo de militantes ter enviado uma providência cautelar Tribunal Constitucional para impedir a realização do conclave nesta data, não existindo ainda resposta do TC.

A Comissão Política da UNITA lembrou que a Constituição da República de Angola e a Lei dos Partidos Políticos estipulam que os partidos se regem de forma autónoma, na sua gestão interna.

Doravante, segundo o principal partido da oposição, não tolerará a interferência dos Tribunais políticos de Angola na sua vida interna.

"Tendo-se esgotado a agenda de trabalho, a reunião da Comissão Política terminou num espírito de plena reafirmação dos nobres ideais da UNITA, tendentes à construção de uma Angola livre, democrática e igual para todos", diz o comunicado.

A Comissão Política ouviu o relatório da comissão de Ética e Decoro sobre certas atitudes pouco abonatórias, no que se refere à disciplina partidária, tomadas pelos seus membros Amaro Cambiete Sebastião Caimana, Manuela dos Prazeres de Kazoto, Ana Filomena Junqueira da Cruz Domingos, Filipe Mendonça e Luís Muyeye Contente.

A CP da UNITA ouviu ainda o relatório dos trabalhos da Comissão Nacional de Jurisdição sobre os processos disciplinares que envolvem os membros Ilídio Chissanga Eurico, Amaro Cambiete Sebastião Caimana, Sócrates Yava Kabeia, Elisbey Chinjola Bamba Setapi, Manuela dos Prazeres de Kazoto, Ana Filomena Junqueira da Cruz Domingos, Filipe Mendonça, Eusébio Manuel Neves e Luís Muyeye Contente.

Foi ouvida igualmente a posição dos requerentes sobre o relatório prestado pelo Conselho Nacional de Jurisdição anteriormente mencionado.

"Considerando o facto de que os militantes envolvidos recorreram ao Tribunal Constitucional antes de terem esgotado os meios jurídicos internos, a Comissão Política, nos termos dos artigos 16º., 17º., 18º., e 19º. dos estatutos do partido saídos do XII Congresso reunido em 2015, deliberou por voto secreto sobre a suspensão preventiva dos seus membros Ilídio Chissanga Eurico, Amaro Cambiete Sebastião Caimana, Sócrates Yava Kabeia, Elisbey Chinjola Bamba Setapi, Manuela dos Prazeres de Kazoto, Ana Filomena Junqueira da Cruz Domingos e Filipe Mendonça", diz o o comunicado.

A suspensão preventiva destes militantes foi aprovada por 153 votos a favor, 29 votos contra e 04 abstenções.