O partido dos "Camaradas" informa, através de comunicado, que "cerca de 400 de jornalistas de órgãos públicos, privados e estrangeiros estão inscritos para a cobertura do congresso, pelo que a organização definiu algumas regras de "facilitação da sua actividade", nomeadamente a disponibilização de uma sala de imprensa, com 50 lugares sentados, com um ecrã para a visualização e acompanhamento, em circuito fechado e em directo, das sessões de abertura e de encerramento, prática que o partido considera ser "universal para situações idênticas".

A justificação avançada pelo MPLA é a de nem todos os jornalistas caberem, em simultâneo, na sala das plenárias do Centro de Conferências de Belas, "pelo risco de prejudicar o bom andamento dos trabalhos".

"A par disso", lê-se ainda no comunicado, "estarão à disposição das rádios e televisões públicas, privadas e estrangeiras, espaços que funcionarão como estúdios, onde os diferentes órgãos poderão efectuar as suas entrevistas e uma página de fotografias online do congresso, no endereço www.santosug.co.ao, onde os profissionais se poderão registar".

À Rádio Nacional de Angola e à Televisão Pública caberá, tecnicamente, garantir os sinais de rádio e de televisão às outras estações, garantindo o MPLA que não haverá interferência "na qualidade da sua cobertura, pelo que não haverá manipulação de espécie alguma".

O VII Congresso Extraordinário do MPLA realiza-se no próximo sábado, 15, no Complexo Turístico Futungo 2, em Luanda.

Da agenda de trabalhos constam "ajustamentos pontuais aos estatutos" do partido, a discussão do "Processo eleitoral e alargamento do Comité Central", bem como a "Aprovação dos documentos finais - Resolução Geral do 7.º Congresso Extraordinário e moções".

O conclave, que vai ser presidido pelo líder do partido, João Lourenço, tem como mote "MPLA e os desafios do futuro-Processo Autárquico", e será composto por 2. 591 delegados participantes no 7.º Congresso Ordinário, realizado de 17 a 20 de Agosto de 2016, nomeadamente o presidente do partido, os membros do comité central em pleno gozo dos seus direitos, deputados do grupo parlamentar, delegados eleitos pelas conferências provinciais e membros do Governo, e restantes militantes do MPLA.

No encontro participam ainda os militantes da OMA e da JMPLA, eleitos pelos respectivos comités nacionais, representantes dos antigos combatentes e veteranos da Pátria, militantes eleitos pelas respectivas associações, militantes de outras organizações sociais e associadas ao partido, delegados eleitos nas conferências das estruturas no exterior e representantes dos organismos intermédios.

Os directores do comité central, embaixadores militantes do MPLA, autoridades tradicionais angolanas, quadros do aparelho auxiliar central, delegados à disposição da direcção do Partido e os candidatos a membros do CC estarão igualmente neste conclave que vai alargar o seu comité central de 363 para 497 membros, tendo sido propostos, para o efeito, 134 candidatos a membros daquele órgão com idades inferiores a 45 anos.

Dos 134 candidatos, 57 são mulheres e 82 com idade até 45 anos, correspondentes a 42,53% e 61%, respectivamente.

A medida consta do comunicado saído da 5.ª sessão extraordinária do comité central do partido, realizada na passada sexta-feira, em Luanda.

"O comité central realçou que os resultados obtidos na selecção dos candidatos a membros do comité central traduzem o compromisso e a importância que o partido e o seu líder, o camarada João Manuel Gonçalves Lourenço, atribuem ao processo de rejuvenescimento da direcção do partido, com vista à sua preparação para os desafios do presente e do futuro", lia-se no documento.