Foi a primeira-dama quem deu o início simbólico à campanha de vacinação, que "representa um marco histórico" para o País, salientando que "a vacina é segura, eficaz e gratuita".
Ana Dias Lourenço lembrou que a 13 de Outubro foi lançada a campanha nacional de mobilização para informação e educação sobre a doença, que visou garantir às famílias informações concretas sobre a campanha.
"A vacina é um escudo de amor e protecção, resultado de anos de investigação e luta para garantir que as mulheres de hoje amanhã possam viver livre do sofrimento causado pelo cancro do colo e do útero", afirmou.
O cancro do colo do útero é o segundo cancro mais frequente na mulher, a seguir ao da mama.
O secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos de Sousa, disse, em Setembro, que a vacinação contra esta doença começa com esta campanha nacional, em parceria com o Ministério da Educação, para depois evoluir para vacinação de rotina a partir de 2026.
O MINSA, segundo Carlos de Sousa, adquiriu as 2,2 milhões de doses da vacina bivalente contra o cancro do colo do útero (Cecolin 16-18), com empréstimo do Banco Europeu de Investimento, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
"As despesas operacionais estão asseguradas pela GAVI (Aliança para as Vacinas) num montante de 2,5 milhões de dólares já incorporados no Orçamento Geral do Estado, via SIGFE [Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado], abrangendo 21 províncias do país", explicou.
Os últimos dados oficiais divulgados pelo Instituto Angolano de Controlo do Cancro assinalam que, em 2022, foram tratados em Angola 915 casos de cancro do colo do útero, cerca de 17% de todos os casos de cancro, mas a incidência real de casos deste tipo de cancro no País é provavelmente maior devido às limitações de diagnóstico.

