No âmbito do programa especial de envio de estudantes bolseiros angolanos para Portugal, foram aprovados pelas universidades públicas de Portugal 290 bolseiros, mas o INAGBE veio a público dizer que só tinha disponibilidade financeira para custear 100 estudantes, e deixou os outros 190 na condição de suplentes, tal como noticiou, em primeira mão, o Novo Jornal no dia 13 deste mês.
Ao Novo Jornal, o INAGBE assegurou, na ocasião, que a programação orçamental prevista no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025, só chegava para custear 100 bolseiros.
Entretanto, decorridos 10 dias, o INAGBE vem, esta quinta-feira, 23, tornar público que finalmente já há disponibilidade financeira para juntar os 190 à lista do grupo de 100 bolseiros anteriormente seleccionados pelo programa do regime especial.
Assim sendo, os 190 bolseiros que estavam na condição de suplentes vão beneficiar, igualmente, do apoio financeiro do Estado angolano, por intermédio do INAGABE, perfazendo assim os 290 estudantes aprovados pela direcção geral do Ensino Superior de Portugal.
Porém, segundo o INAGBE, todos os 190 bolseiros que estavam colocados na condição de suplentes devem tratar com urgência da documentação necessária para a emissão do visto de estudante no consulado de Portugal em Angola, a fim de garantir que o processo de mobilidade académica decorra dentro dos prazos estabelecidos.
O INAGBE esclarece que quem se atrasar na remessa do processo de visto poderá ficar impedido de fazer a matrícula e perderá a bolsa de estudo.
Segundo o INAGBE, atá ao mês de Dezembro, todos os bolseiros apurados deverão encontrar-se em território português.
Ao Novo Jornal os estudantes asseguram ser pouco o prazo dado pelo INAGBE para tratarem da documentação, tal como aconteceu na fase da candidatura, em Julho último.
O Novo Jornal soube que inicialmente estiveram disponíveis 473 candidaturas, e, deste número, Portugal aprovou 290 lugares, que foram colocados à disposição das suas universidades.
Importa realçar que este programa especial de bolsa de estudo resulta da cooperação entre os governos de Angola e de Portugal, e tem como objectivo permitir que estudantes angolanos possam ingressar em universidades públicas portuguesas, nas mesmas condições que os candidatos de outros países de língua oficial portuguesa.