“É certo que havíamos anunciado a divulgação dos resultados para Dezembro de 2015, de acordo com o cronograma, mas os trabalhos de afinação continuam, com previsões de divulgação o mais breve possível”, indicou ao NJ Paulo Fonseca, chefe de Departamento de Censos e Inquéritos Especiais do Instituto Nacional de Estatística.
O responsável não avançou qualquer explicação adicional para justificar o atraso na difusão definitiva do inquérito à população e habitação, esclarecendo apenas que continuam “válidos os dados preliminares divulgados” em meados de Outubro de 2014.
O Censo decorreu de 16 a 31 de Maio de 2014 e foi o primeiro realizado no país depois da independência, depois de tentativas falhadas em 1983 e em 1987 (a cobertura foi parcial e não foram cumpridos os princípios básicos dos censos).
Os dados preliminares conhecidos indicam que a população residente em Angola, à data da realização do Censo, era de 24,3 milhões de habitantes. Destes, 11,8 milhões eram homens (48% do total) e 12,5 milhões, mulheres (52%).
Luanda é a província mais populosa, com 6,5 milhões de residentes, correspondente a 27% da população do país. Na situação oposta está o Bengo, com pouco mais de 300 mil habitantes, a menos populosa entre as 18 províncias.
Os dados disponíveis indicam que dois em cada três angolanos (62%) vivem em áreas urbanas.
Contar toda a população presente no território, ausente, e não residente;
Os censos têm como objectivo, designadamente, actualizar a informação sobre as principais características demográficas e socioeconómicas do país, identificar a distribuição das populações ao longo de todo o território, assim como efectuar o levantamento e a caracterização das habitações/casas.