Segundo o Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB), em Luanda, até ao momento não há registo de vítimas humanas, apesar dos prejuízos elevados causados pela inundação de um vasto número de habitações um pouco por toda a urbe.

A Empresa Nacional de Destruição de Electricidade (ENDE) interrompeu o fornecimento de energia eléctrica em diversas zonas da província de Luanda para evitar danos humanos, em função da fragilidade de muitos cabos de energia e postos de electricidade, assim como em função das inundações de centenas de residências.

Isto ocorreu porque, em situação semelhantes no passado, as electrocuções foram responsáveis por dezenas de mortes.

No bairro do Catinton, na Maianga, a ponte de travessia desabou. Em Viana, na Estalagem, há dezenas de casas submersas, assim como em outros pontos de Luanda.

Inundações, casas submersas, ruas intransitáveis e avenidas alagadas é o cenário que se verifica em muitas zonas da província de Luanda e várias paragens de autocarro e de táxi então vazias e sem transportes, verificou ainda o Novo Jornal.

Muitos pais e encarregados de educação preferiram não enviar os seus fillhos para as escolas.

A função pública e muitas empresas privadas devem egistar esta terça-feira um forte absentismo por conta dos constrangimentos provocados pela chuva.

Lauro Fortunato, porta-voz da ENDE, disse ao Novo Jornal que em muitos bairros foram os próprios moradores que solicitaram o corte de energia.

Já em outras zonas, a ENDE por iniciativa própria, em função de conhecer a realidade dos bairros, teve que interromper, igualmente.

O Novo Jornal soube que, em função da chuva que Luanda regista, todos os administradores municipais estão nas ruas a radiografar os possíveis estragos, com maior preocupação para as zonas onde há registo de casos de cólera.

O SNPCB, a nível da província de Luanda, continua a intervir em muitos bairros e a fazer o levantamento dos estragos da chuva.

Já o governador provincial, Luís Nunes, está a efectuar uma visita de campo ao município do Hoji-ya Henda.

Entretanto, as autoridades sanitárias de Luanda procuram reduzir as possibilidades de esta chuva vir a dar nova força à epidemia de cólera que afecta a províncua, como acontece igualmente nas outras geografias onde as fortes chuvadas também se fizeram sentir.