De acordo com o Ministério da Saúde, nas últimas horas foram notificados 71 casos em Benguela, 42 no Cuanza Sul, 39 em Luanda, 24 no Namibe, 22 na Huíla, 15 no Bengo, 12 em Malanje, dez no Cuanza Norte, cinco no Icolo e Bengo, três no Zaire e três no Cubango.
Os oito óbitos foram registados no Bengo (5), em Benguela (1), no Cuanza Sul (1) e na Huíla (1).
Nas últimas horas receberam alta 175 pessoas e actualmente estão internadas 556 pessoas com cólera.
Desde o início da epidemia foi reportado um total cumulativo de 18.420 casos e 586 óbitos.
Segundo a OMS, o País vive "um momento crítico", atravessando "um cenário complexo de saúde pública caracterizado por doenças endémicas, doenças transmissíveis e não-transmissíveis, doenças tropicais negligenciadas e um surto de cólera que já afectou 17 das 21 províncias".
Estão em curso medidas de resposta urgente que incluíram "o envio de equipas de resposta rápida, a formação de pessoal de saúde, a criação de centros e unidades de tratamento da cólera, o fornecimento de água potável, o envolvimento intensivo da comunidade e o lançamento de campanhas de vacinação específicas".
Como o Novo Jornal tem vindo a alertar, os dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, indicam que em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.
A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.
Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.
A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.
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