Os 221 casos de cólera registados no domingo foram reportados em Luanda (45), no Namibe (44), em Benguela (44), no Cuanza Sul (42), em Malanje (16), no Cuanza Norte (12), no Icolo e Bengo (6), na Huíla (5), em Cabinda (4), na Lunda Norte (2) e no Bengo (1).
Os sete óbitos reportados nas últimas horas - dois em Benguela, dois no Namibe, e um e cada uma das províncias de Malanje Cuanza Norte e Luanda - juntam-se aos 602 que vinham de trás, totalizando agora 609 óbitos. Receberam alta 279 pessoas e estão internadas 535 pessoas com cólera.
O total cumulativo situa-se agora nos 19.605 casos.
O País vive "um momento crítico", atravessando "um cenário complexo de saúde pública caracterizado por doenças endémicas, doenças transmissíveis e não-transmissíveis, doenças tropicais negligenciadas e a cólera", segundo a OMS.
Entre as medidas de resposta urgente incluem-se, ainda de acordo com a OMS, "o envio de equipas de resposta rápida, a formação de pessoal de saúde, a criação de centros e unidades de tratamento da cólera, o fornecimento de água potável, o envolvimento intensivo da comunidade e o lançamento de campanhas de vacinação específicas".
Como o Novo Jornal tem vindo a alertar, os dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, indicam que em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.
A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.
Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.
A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.
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