A manifestação, a terceira desde que foi anunciada a subida da tarifa dos transportes, no início do mês, partiu do Cemitério da Santa Ana, ao contrário das duas anteriores que partiram do Mercado do São Paulo. Os manifestantes voltaram a não atingir o destino desejado, porque a Polícia Nacional voltou a travar o percurso da marcha nas imediações do Largo 1º de Maio, mas, desta vez, sem recurso à violência, apurou o Novo Jornal.
O grupo denominado "sociedade civil contestatária", que organizou duas das manifestações este mês [a outra foi organizada pelo Movimento de Estudantes Angolanos], afirmou que a PN voltou a impedir a população de atingir a meta traçada, onde seria lido o manifesto, e agradeceu aos participantes por não cederem à provocação das autoridades.
Entretanto, a PN interditou parte da Avenida Deolinda Rodrigues, nos dois sentidos, isto é, do 1º de Maio até ao Viaduto da Unidade Operativa de Luanda, porque várias dezenas de manifestantes continuam a protestar no local.
Devido a esta interdição, centenas de populares tiveram de caminhar até à paragem de táxi dos congoleses, constatou o Novo Jornal.
A organização reafirma que as manifestações vão continuar, para travar a subida do combustível e exigir a libertação do activista Osvaldo Caholo, detido no passado sábado, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), por indícios de incitação à violência e rebelião, segundo as autoridades.