Há sensivelmente 12 anos que o Governo da Província de Luanda transferiu da zona da Chicala para o Panguila, actual província do Bengo, centenas de famílias que viviam em condições precárias nos casebres da Praia do Bispo, na capital.

Na altura, segundo os moradores, a promessa era a de se atribuir uma casa a cada um deles. Porém, no Panguila, que na época era território de Luanda, o plano foi alterado: uma casa tem de ser dividida por três a cinco famílias, situação que tem causado brigas e discussões entre os moradores, que se dizem esquecidos pelas autoridades e, por isso, clamam com urgência por habitações "condignas".

As moradias em que foram "confinados" os mais de 700 ex-moradores da Chicala estão localizadas no Sector 9, que fica há mais de dois quilómetros do mercado do Panguila, numa zona com apenas uma escola pública e com as vias de acesso esburacadas, como constatou o Novo jornal.

As casas pré-fabricadas são de paredes metalizadas e revestidas de esferovite no seu interior. Cada habitação é constituída por três pequenos quartos, uma sala, cozinha, despensa e casa de banho externa. O chão é de cimento bruto e o tecto avermelhado, aliás, é daí onde surge o nome dado ao bairro: Tecto Vermelho. A cada família foi atribuído um compartimento da casa, o que corresponde a um quarto por família. A sala e a casa de banho são comuns e partilhadas por todos.

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