Segundo o Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado (MATRE), o Presidente João Lourenço já disponibilizou meios financeiros para acudir às populações afectadas.
Dos bens alimentares que chegam sexta-feira constam arroz, fuba, óleo, feijão, açúcar e sabão.
No princípio deste mês, o Presidente da República, João Lourenço, manifestou-se preocupado com as consequências na vida quotidiana da população local, decorrentes do longo período de estiagem em grande parte do sul de Angola, com destaque para as Províncias do Cunene, Huíla e Namibe.
Integraram ainda a delegação interministerial os secretários de Estado dos ministérios da Energia e Águas, da Agricultura, da Acção Social, do Comércio e da Saúde.
A delegação efectuou visitas de constatação às localidades de Oshaihwanda, Oshahala, Onghuiyu e Embadje, todas no município do Ombadja, província do Cunene, duramente afectadas pela falta de chuvas, tendo recebido das autoridades locais informações sobre os danos provocados por este desastre natural.
O ministro da Administração do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida, em Ondjiva, lembrou que a situação da seca na província do Cunene requer soluções concretas e imediatas para acudir à população afectada pela carência de água.
Num encontro com os membros do Governo local e do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, o governante considerou que a situação é crítica e exige mais pragmatismo e acção.
"A seca no Cunene é frequente, daí que os projectos devem ser implementados na perspectiva de terminar-se com as emergências regulares derivada da falta de chuva e ter-se um programa sustentável", afirmou.
Adão de Almeida sublinhou ainda que todas as soluções encontradas vão ser apresentadas ao Presidente da República, João Lourenço, para se garantir os apoios necessários para a sua efectiva execução.
Durante a estadia no Cunene, o ministro visitou a comuna de Ombala yo Mungo, município de Ombadja, tida como zona crítica.
Em Novembro passado, durante a visita do vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, à região, o rei da Ombala ya naluheque, Mário Shatipamba, defendeu a reabilitação dos poços, com vista a atenuar a problemática da falta de água.
Na altura, o vice-Presidente da República deslocou-se à região do Monte Negro, onde, a partir do rio Cunene, se pretende construir canais de água para abastecer o município do Curoca.