Em conferência de imprensa, os protagonistas do protesto profissional e consequente paralisação da actividade de táxi em Luanda dizem estar a ser perseguidos e asseguram que há 100 líderes do "staff" detidos.

As associações, Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) e a Associação dos Taxistas de Angola (ATA) asseguram que apesar do levantamento da paralisação e da disponibilidade para o diálogo, outras paralisações podem vir a acontecer a qualquer momento, nomeadamente se as perseguições aos seus filiados e líderes persistirem.

Conforme os protagonistas da paralisação desta segunda-feira,10, em Luanda, várias pessoas das associações estão a ser caçadas em casa e detidas.

Quanto aos incidentes que ocorreram no Benfica, onde, para além dos actos de agressão a taxistas, houve destruição de património e queima de pneus nas ruas, assim como a destruição do comité distrital do MPLA e de um autocarro do Ministério da Saúde, os três líderes, Francisco Paciente, Rafael Inácio e Manuel Faustino, demarcaram-se dos acontecimentos.

Segundo o presidente da ANATA, as associações convocaram esta paralisação para reivindicar e exigir direitos económicos e sociais e não com interesses político-partidários.

"Orientámos mais de 40 mil taxistas, divididos em staffs, para fazerem uma paralisação pacífica, sem agressões a quem não aderisse", explicou Francisco Paciente.

Por último, os três líderes associativos acusaram os meios de comunicação social do Estado de enganarem, na semana passada, a opinião pública, quando declararam que a paralisação dos taxistas estava levantada.

"Essa mentira grosseira da comunicação social pública foi o que provocou que pessoas, supostamente aborrecidas por falta de táxi, e por aproveitamento de quem não sabemos, protagonizassem os incidentes que ocorreram no Benfica", disse Francisco Paciente.