Antes da leitura da sentença, o tribunal fará à leitura dos quesitos, respostas consideradas provadas e não provadas das matérias discutidas em sede do julgamento, que decorre naquele tribunal desde o passado mês de Agosto.
O assassinato do reitor da Universidade Gregório Semedo, Laurindo Vieira, foi dos casos que mais furor mediático e social gerou nos últimos meses em Angola.
Os arguidos criaram a dúvida ao acusar os homens do SIC de terem recorrido à tortura para obter as suas confissões, mas tal, no decurso do julgamento, foi claramente afastado com as suas confissões repetidas em tribunal.
E foram essas confissões que levaram o Ministério Públio (MP) a pedir a condenação de cinco, dos seis arguidos no processo, o que exigia que em tribunal os agentes da polícia criminal desmontassem a versão dos alegados homicidas.
Segundo os efectivos do SIC, no mês passado, os arguidos foram, após a detenção, presentes ao procurador do MP e ao juiz de garantias para interrogatório e nunca apresentaram sinais de agressões físicas e tortura.
O tribunal ouviu explicações de um instrutor do SIC, que teve o primeiro contacto com os arguidos e este afirmou que os mesmos nunca se queixaram de tortura ou de ameaças.
Conforme o SIC, a captura dos alegados homicidas do professor Laurindo foi possível mediante o monitoramento das chamadas telefónicas dos mesmos, após a detenção de um dos arguidos, que foi fundamental para a localização dos demais.
O MP entende que não há dúvida de que os arguidos tentaram enganar a justiça contando uma versão diferente dos factos.
Irene Figueiredo, a magistrada do MP, disse ao tribunal que os arguidos mataram o professor e quadro sénior do Serviço de Inteligência e Segurança Militar, Laurindo Vieira, por isso quer que o tribunal condene os cinco de forma exemplar.
Quanto à arguida Julieta Manuel, a mulher que comprou o telefone da vítima nas mãos do seu amigo, o MP pede que seja absolvida.