Na origem do crime estarão dois gangues rivais, um pertencente ao bairro Palanca e outro ao bairro do Ana Ngola, famoso "bairro sujo", entre a zona da FTU e o Cemitério da Santa Ana.

O alerta às autoridades foi dado ao início da manhã desta sexta-feira, quando os familiares se aperceberam que o "corpo carbonizado com a parte do rosto visível" era do jovem de 24 anos, moto-taxista, que terá sido assassinado por volta 04:00 da manhã de hoje, segundo testemunhas.

O Novo Jornal apurou no local do crime, junto dos peritos do SIC-Luanda que estiveram a fazer as perícias criminais, que o jovem moto-taxista, possuía antecedentes criminais e fazia parte de um gangue de marginais, no bairro do Ana Ngola, uma zona muito "violenta" que faz fronteira com o bairro Palanca.

A vítima, segundo avançou a fonte do SIC-Luanda, "foi atraída por um telefonema, feito por uns elementos de um gangue rival do bairro Palanca. Posto no local do crime, na Rua D, o homem foi espancado e depois queimado do pescoço até aos pés", contou.

A fonte do SIC-Luanda referiu que os alegados homicidas não queimaram o rosto do homem como forma de deixarem um aviso a outros elementos do gangue rival.

No perímetro, efectivos do SIC-Luanda e da Polícia Nacional (PN) deram início a diligências para capturar os elementos envolvidos neste crime.

Já o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do Comando Geral da Polícia Nacional, inspector-chefe Nestor Goubel, afirmou o caso ao Novo Jornal que a PN e o SIC estão a trabalhar para saber os nomes destes grupos rivais e desmantelá-los.

"São dois grupos rivais, um do Ana Ngola e outro do Palanca, que normalmente costumam praticar as rixas de madrugada", afirmou, sublinhando que está é a segunda morte na mesma zona em circunstâncias idênticas.

O Novo Jornal soube que as brigas destes grupos de marginais têm ocorrido entre o bairro do Ana Ngola e o Palanca, nas travessas que ligam a vala de drenagem entre as ruas A, B C e D do Palanca. Com armas de fogo, catanas, paus, ferros, facas, sabres e bastões, criando pânico nos moradores daquela zona.