Durante a operação realizada pelas autoridades policiais, foram ainda detidos o responsável das bombas de combustível da direcção geral da ELISAL e um motorista, bem como o gerente das bombas PAC pertencente à empresa Ndombaxi Lucombo Comércio Geral, Lda, onde era depositada a mercadoria e três funcionários.

No posto clandestino onde o combustível furtado era revendido, por cada mil litros eram cobrados 150 mil kwanzas, ou 150 kz/litro, o que fazia deste negócio apetecível porque nas bombas licitas cada litro de gasóleo custa 200 kz e de gasolina 300 kz, que eram vendidos a preço igual.

Não se sabe ao certo há quanto tempo é que os infractores começaram a furtar o combustível, mas as suspeitas começaram no dia 24 de Agosto deste ano, quando a direcção da empresa verificou que havia um desfalque de mais de 17 mil litros de gasóleo no stock, segundo as autoridades.

Desconfiando que estava diante de um esquema fraudulento, a direcção da ELISAL fez uma participação ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) no sentido de se descobrir para onde é que estava a ser desviado o combustível.

Foi assim que, neste mês, com base no processo de investigação que o SIC efectuou em volta do caso que se apurou que o produto era transportado para um posto de abastecimento de contentores.

De acordo com o SIC, o chefe de departamento de frota da direcção de engenharia e máquinas é que autorizava a saída do combustível da base central e o chefe de secção de processamento de dados e estatística, do aterro sanitário, recebia a mercadoria furtada.

Após estes factos detectados, os nove detidos, com idades compreendidas entre os 47 e 68 anos, que foram apresentados ao juiz de garantias e vão responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, transbordo e receptação ilícita de produtos petrolíferos e auxilio material.

No local, foram apreendidos dois tanques, um com capacidade de 16 Mil litros e outro de 20 mil litros, 33 reservatórios de mil litros contendo 11 mil litros combustível e apreendeu-se ainda 197 mil kz das vendas.