Já se passaram mais de 100 dias desde que assumiu a liderança da Ordem dos Enfermeiros de Angola. Qual é o balanço?

Sim, já se passaram 100 dias. Parece pouco, mas pensamos que, durante este tempo, algo foi feito, e, nos próximos dias, estaremos a publicar o nosso relatório. Não será dos 100 dias, mas, sim, dos primeiros meses de mandato, já que não podemos falar do relatório anual. Iniciámos o mandato em Abril, daí que não será na tipologia do relatório do ano, mas, sim, dos dois últimos trimestres do ano.

Durante este tempo, o que deu para fazer na Ordem?

Foram muitos feitos. O primeiro, tem a ver com o controlo dos profissionais de enfermagem no País. De acordo com o que está plasmado no nosso estatuto, uma das nossas tarefas é o controlo dos profissionais. Esta é uma tarefa que está em andamento, é uma tarefa do dia-a-dia, que por inerência das funções da Ordem dos Enfermeiros é primordial e não devemos abdicar dela.

O segundo, que realizamos desde Abril, tem a ver com as jornadas do Mês do Enfermeiro. Realizámos jornadas técnico-científicas em três províncias (kwanza-Norte, Namibe e Lunda-Norte). Realizámos também acções formativas, estamos a falar de abordagens temáticas que têm a ver com as áreas de procedimentos dos profissionais de enfermagem, assim como a área de gestão para os gestores de enfermagem. Também as jornadas científicas, propriamente ditas, na província do Namibe. Uma das acções feitas nesse período tem a ver com a inauguração da nossa sede do Conselho Provincial de Enfermagem e a da Ordem dos Enfermeiros, na província do Huambo.

Outra actividade que devemos aqui destacar tem a ver com o encontro de trabalho com todas as entidades da classe. Estamos a falar da NEA, do Sindicato Nacional dos Enfermeiros, do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda, do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública, dos directores de enfermagem dos hospitais da província de Luanda e dos presidentes do Conselho Provincial de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros.

Qual foi o objectivo do encontro e em que deu?

Visou reflectir sobre a gestão das escalas nas nossas unidades do Sistema Nacional de Saúde. Também este mesmo encontro visou reflectir em volta do processo de avaliação do desempenho dos nossos colegas a nível dos hospitais. Outra actividade que ao longo desse período fomos resolvendo tem a ver com a apresentação dos temas no âmbito da humanização e ética nas unidades sanitárias de referência do País.

Neste espaço de tempo, também, olhando pelos objectivos do nosso programa de acção, e não só aquilo que está plasmado no Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, é a fiscalização em termos das instituições de ensino. Nesse período, foi possível visitarmos 18 instituições de ensino no País, com vista a dar o nosso parecer se aquelas instituições reúnem condições para a formação dos profissionais de enfermagem. Essa foi uma actividade realizada com o Ministério do Ensino Superior.

E qual é a opinião da Ordem sobre as instituições de ensino? O que se pode dizer?

Fomos dando o nosso parecer. O certo é que a situação não está boa, na medida em que as instituições de ensino não reúnem as mínimas condições plasmadas em diplomas, quer do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), quer do Ministério da Saúde (MINSA) que garantam a formação do profissional de enfermagem que almejamos.

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