O secretário de Estado das Finanças e Tesouro afirmou esta quinta-feira que o atraso salarial de Julho foi impactado pelo serviço da dívida, apesar de as regras de execução do Orçamento Geral do Estado definirem o prazo para o pagamento dos salários. No entanto, reforçou que esse pagamento "depende muito" também de outros factores, como a entrada das receitas não petrolíferas.
"Estas receitas observam, ao longo deste período, um desfasamento naquilo que é o período de entrada e a nossa capacidade para fazer o pagamento dentro do horizonte que nos habituámos a fazer", referiu, citado pela Lusa, acrescentando que "quando existem estas variações, acontecem atrasos como o que se verificou com os salários de Julho".
"Só no mês de Julho nós fizemos um serviço da dívida de aproximadamente 780 mil milhões de kwanzas (800 milhões de dólares), duas vezes a folha salarial. A nossa folha está em média orçada em 295 mil milhões de kwanzas (305,8 milhões USD) e no último dia do mês de Julho tínhamos uma dívida para pagar na ordem dos 300 mil milhões de kwanzas (311 milhões USD)", afirmou, igualmente citado pela Lusa.