O pai, de 58 anos, acusado pela polícia de ser o autor material do crime, foi incriminado por homicídio voluntário e ocultação de cadáver depois de manter o corpo do filho morto por dois dias no interior da sua habitação.

O crime ocorreu na sexta-feira passada e a descoberta do corpo foi na tarde de Domingo, 18.

O homem nega o homicídio e alega que o filho caiu, bateu com a cabeça e morreu. Mas os peritos do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e os médicos-legistas não têm qualquer dúvida de que o jovem morreu por espancamento e que as agressões confirmam a tese do crime, pois a vítima tinha marcas por todo o corpo.

"O soba da aldeia foi quem efectuou a denúncia às autoridades, dando conta da existência de um crime de homicídio por espancamento", disse ao Novo Jornal Fernando Tongo, porta-voz da corporação na Huíla.

O responsável disse ainda que. após a denúncia contra o progenitor, o homem foi detido, tendo sido ouvido esta segunda-feira,19, em primeiro interrogatório judicial pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Huíla, tendo revelado a autoria do crime. Argumentou que não agrediu o filho para matar, mas, sim para lhe dar um correctivo pelo erro praticado.

"Ele disse que o filho, Nicolau Fracções, vendeu a sua motorizada e ficou descontente com a atitude do filho, tendo partido para a agressão física, o filho não aguentou tamanha brutalidade da agressão e morreu de imediato", afirmou.

Após os interrogatórios, o homem ficou em prisão preventiva, medida de coacção mais gravosa.