Este anúncio surge três meses após o GPL ter suspendido os contratos de prestação de serviço que mantinha com seis operadoras, uma situação que deixou Luanda inundada de lixo nos últimos tempos.
O GPL recebeu propostas de 39 empresas onde muitas concorreram até duas áreas (município ou distrito) tendo sido afastadas as operadoras com quem o GPL rescindiu o contrato em Dezembro último.
Estas operadoras candidataram-se no âmbito de um concurso público de emergência solicitado pelo GPL.
No entanto, uma fonte do GPL que confirmou o facto ao Novo Jornal e que preferiu anonimato, não revelou o número de empresas que serão contratadas e nem precisou a hora para o anúncio, por força da agenda da governadora Joana Lina.
No entanto, os lotes são destinados à prestação de serviços de limpeza pública e recolha de lixo, o primeiro destina-se ao município de Luanda, o segundo para Icolo Bengo, sendo que os restantes estão destinados aos municípios da Quiçama, Cacuaco, Cazenga, Viana, Belas, Kilamba Kiaxi e Talatona.
A contratação de novas empresas surgiu pelo facto de as ex-operadoras que actuavam nesse segmento terem anunciado a sua retirada da cena, depois de a governadora de Luanda ter suspendido os contratos de prestação de serviço que mantinha com eleas, por incapacidade financeira.
Joana Lina argumentou, na ocasião, que o Governo não dispunha de condições financeiras para satisfazer essa obrigação, numa altura em que a dívida acumulada estava acima de 246 milhões de kwanzas.
Segundo informações disponíveis, Luanda produz, diariamente, pelo menos, 6.800 toneladas de resíduos sólidos e desde Dezembro do ano passado as ruas da cidade e da periferia tornaram-se num caos com a presença de enormes quantidades de lixo.
As últimas chuvas sobre Luanda agudizaram ainda mais a situação do lixo na capital.