Estão igualmente previstas reuniões com as autoridades tradicionais e um diálogo comunitário de forma a reforçar a colaboração efectiva entre todos os envolvidos, essencial para superar os obstáculos e alcançar a erradicação completa da dracunculose em Angola, refere a OMS.

Durante as reuniões e o diálogo comunitário serão abordados temas cruciais como os desafios enfrentados na erradicação da dracunculose e as oportunidades de colaboração entre a OMS, o governo local, autoridades sanitárias e outros parceiros estratégicos, refere a organização.

Angola é um dos cinco países no mundo onde a dracunculose ainda não foi erradicada. Entre 2018 e 2020, foram identificados casos humanos na província do Cunene, tornando o país endémico para esta doença.

A dracunculose é uma doença parasitária causada pelo Dracunculus medinensis, um verme longo de cor branca que pode medir entre 60 e 100 centímetros. Actualmente, não existe tratamento para a dracunculose, sendo a prevenção a medida mais segura e eficaz para evitar a sua transmissão.

A Organização Mundial da Saúde e outros parceiros, nomeadamente o Centro Carter (TCC), têm apoiado o Ministério da Saúde angolano na erradicação da dracunculose, prestando assistência técnica, coordenando actividades de erradicação, reforçando a vigilância em áreas livres da doença e monitorizando e informando sobre os progressos alcançados.