O primeiro e único angolano da história da Igreja Católica a receber a púrpura cardinalícia, quanto tinha 57 anos, e também membro mais velho do Colégio dos Cardeais do mundo, foi sacerdote mais de 70 anos e Bispo durante meio século.

D. Alexandre do Nascimento nasceu em Malanje a 1 de Março de 1925, tendo começado os estudos sacramentais no Seminário dos Bângalas. Estudou depois no Seminário de Malanje e, posteriormente, no Seminário de Luanda. Em 1948, foi enviado para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, onde obteve o bacharelato em Filosofia e a licenciatura em Teologia.

Segundo o site do Vaticano, D. Alexandre do Nascimento foi ordenado sacerdote em 20 de Dezembro de 1952, por Dom Luigi Traglia, então Arcebispo Titular de Cesareia da Palestina e vice-gerente da Diocese de Roma. Logo depois, tornou-se professor de Teologia Dogmática no Seminário Maior de Luanda e redactor-chefe do jornal católico "O Apostolado", entre os anos de 1953 e 1956.

Por nomeação de Dom Moisés Alves de Pinho, exerceu a função de pregador da Sé Catedral, de 1956 a 1961, ano em que começou o conflito armado em Angola, e a autoridade política portuguesa o forçou a fixar residência em Lisboa, de onde só voltou dez anos depois, após ter concluído o curso de Direito Civil na Universidade de Lisboa,cntinua o site do Vaticano, lembrando que no dia 10 de Agosto de 1975, Dom Nascimento foi nomeado Bispo de Malanje, sendo ordenado a 31 de Agosto de 1975, na Catedral de Luanda.

Em 5 de Janeiro de 1983, foi anunciado como Cardeal pelo Papa João Paulo II, no Consistório de 2 de Fevereiro, altura em que recebeu o barrete vermelho e o título de Cardeal-Presbítero de São Marcos em Agro Laurentino.

Foi depois transferido para a Arquidiocese de Luanda em Fevereiro de 1986, renunciando ao Governo Pastoral da Arquidiocese em Janeiro de 2001. Perdeu o direito de participar dos conclaves para eleição do Papa aos 80 anos, completados em 1 de Março de 2005.

Dom Alexandre do Nascimento foi também presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), entre 1990 e 1997.