No espaço de um ano, entre 2022 e 2023, a comunidade angolana em Portugal aumentou de 31.761 para 55.589, um crescimento de mais de 23 mil, o maior aumento de sempre. Com esse número, Angola pulou do sexto lugar do ranking das nacionalidades estrangeiras mais representadas em Portugal, para a segunda posição. A informação consta do último Relatório de Migrações e Asilo (RMA) 2023 da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Documentos sobre a Migração da AIMA (órgão que em Outubro de 2023 substituiu o extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras - SEF) mostram que, nos últimos sete anos, o número de cidadãos angolanos a residir em solo luso disparou de forma acentuada desde a ascensão de João Lourenço à presidência. Até 2017, ano do seu empossamento, Angola era a sétima nacionalidade mais representativa em terras lusas, com 16.854 residentes.

Em sete anos (entre 2017 e 2023), a comunidade angolana em Portugal mais do que triplicou, passando de 16.854 indivíduos para 55.589. Esse crescimento exponencial representa um aumento de pelo menos 230% e posiciona Angola como um dos principais países de origem dos imigrantes em Portugal, só superado pelo Brasil. Entre 2017 e 2023, um total de 38.735 angolanos, principalmente jovens, "fugiu" da fome, da miséria e do desemprego no País e escolheu as terras de Camões para recomeçar a vida e procurar estabilidade social e económica, saúde, educação e segurança.

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