O anúncio foi feito esta quinta-feira, no Lubango, Huíla, no final da primeira reunião anual de balanço das actividades desenvolvidas pela Procuradoria-Geral da República na Região Judiciária Sul.
Pitta Groz, citado pelo Jornal de Angola, afirmou que "o processo-crime tem de existir por haver mortes", estando já a decorrer as diligências "para se apurar as causas das mortes e tudo aquilo que está à volta do sucedido".
No dia 30 de Janeiro, várias pessoas morreram em confrontos com as forças da ordem. Segundo a polícia, cerca de 300 pessoas ligadas ao Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe (MPPLT), que há anos defende a autonomia daquela região, tentaram invadir uma esquadra policial, obrigando as forças de ordem a defender-se, provocando seis mortes
A versão policial é contrariada pelos dirigentes do MPPLT, partidos políticos na oposição e sociedade civil local, que alegam que se tratou de uma tentativa de manifestação, previamente comunicada às autoridades, e que os manifestantes estavam desarmados.