Da lista fazem parte, para além de Pedro Lussaty, vários militares exonerados por João Lourenço no dia 28 de Maio, tais como João Francisco Cristóvão, que ocupava o cargo de gabinete do ministro de Estado, Ernesto Guerra Pires, que exercia o cargo de consultor de Pedro Sebastião, Paulo Maria Bravo da Costa, secretário para a logística e infra-estruturas, Angelino Domingos Vieira, secretário para o pessoal, e José Manuel Filipe Fernandes, secretário-geral da Casa de Segurança do Presidente.

Segundo a PGR, foram todos constituídos arguidos no âmbito do processo-crime 39/2021, conhecido como "Operação Caranguejo".

A 24 de Maio, a PGR fez saber, através de comunicado, que apreendeu vários milhões de dólares, euros e kwanzas guardados em caixas e malas, viaturas e residências. A apreensão, informava a nota, foi no âmbito de um processo-crime em que estão envolvidos oficiais das Forças Armadas afectos à casa de segurança do Presidente da República suspeitos dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa, entre outros.

Os oficiais das Forças Armadas são suspeitos de cometimento dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa e outros".

A PGR falava numa apreensão de "valores monetários em dinheiro sonante, guardados em caixas e malas, na ordem de milhões, em dólares norte-americanos, em euros e em kwanzas, bem como residências e viaturas".

No mesmo dia, o Presidente da Republica exonerou vários oficiais da sua Casa de Segurança e, dias depois, demitiu o responsável máximo e ministro de Estado, Pedro Sebastião.

Na semana anterior a estes acontecimentos, o chefe das finanças da banda musical da Presidência da República, major Pedro Lussaty, foi detido quando transportava duas malas carregadas com 10 milhões de dólares e 4 milhões de euros, como avançou o Novo Jornal.