A Comissão de Instalação do Sindicato dos Funcionários do Tribunal Supremo (CISFJTS) assegura que os problemas são antigos e que a greve passada foi suspensa devido à promessa de que, em Janeiro, seria efectivada "a tão almejada equiparação salarial".

Face ao incumprimento, os funcionários do TS convocaram uma assembleia-geral realizada na quarta-feira, 26, onde se decidiram pelo levantamento da suspensão da greve.

Na assembleia, os trabalhadores decidiram que a paralisação será feita de forma faseada a partir de Março até Julho.

Assim sendo, o início da primeira fase da greve para 2022 acontece de 21 de Março a 01 de Abril, seguir-se-ão as semanas de 18 a 29, de 16 a 27 de Maio, de 13 a 24 de Junho e 18 a 29 de Julho, dependendo dos resultados das negociações.

Numa declaração de greve, a comissão de instalação do Sindicato dos Funcionários Judiciais do Tribunal Supremo refere que a greve vai decorrer sob o lema "Sem os funcionários judiciais os juízes não trabalham" e "Não se faz Justiça na injustiça".

O objectivo da greve é a equiparação imediata dos salários dos funcionários do Tribunal Supremo aos dos trabalhadores dos demais tribunais superiores.

Segundo a deliberação, cuja proposta de greve foi aprovada com 99,9% dos presentes na assembleia, os técnicos tudo farão para que o arranque do ano judicial, geralmente declarado em Março, seja marcado pela paralisação das actividades laborais.

Em declarações ao Novo Jornal, no ano passado, o coordenador da comissão sindical do Tribunal Supremo, Domingos Feca, disse que a greve visa exigir, entre outros, a equiparação do salário base, subsídios e regalias dos juízes-conselheiros e demais funcionários do Tribunal Supremo aos do Constitucional, pagamento do subsídio de saúde e de alimentação e progresso na carreira.

De acordo com Domingos Feca, "não se percebe até ao momento porque é que os funcionários do TS têm salários inferiores comparativamente aos funcionários dos tribunais superiores como o Constitucional, de Contas e o Supremo Tribunal Militar".